segunda-feira, 30 de março de 2009

PELADAS

Quem é que nunca viu uma? Há aqueles que não gostam, mas garanto que todos já viram pelo menos uma na vida. A pelada é querida em qualquer idade e em qualquer lugar.

Quando moleques, entrávamos numa pelada no pátio da escola, mas não conseguíamos entrar pelo buraco da fechadura. Quando havia um buraco já era uma conquista. Mas tomávamos muito cuidado para não entrar pelo cano, pois uma vez lá, adeus fechadura. Chegaram a tapar uma com Durepoxi ao me pegarem com o “olho na botija”.

A primeira pelada que pude vislumbrar foi em uma aula de natação, e não foi uma pelada de pólo aquático. Eu era muito criança e minha mãe me deu banho no vestiário feminino, onde havia muitas garotas que batiam um um bolão. Que pelada! A primeira a gente nunca esquece.

Há quem pratique pelada na praia. É bem gostoso, mas vista com maus olhos pelos mais conservadores.

Em uma pelada não há uniformes, muito menos nas praias, onde não há nem camisetas. Mas ainda há quem relute em aceitar até mesmo as meio peladas, que fazem um inocente topless. Mas tudo bem, pois assim não perdemos o elemento surpresa, podendo “fantasiá-las” antes do jogo.

Sem contar o fato de que deve ser incômodo correr com os “capotões” em uma pelada. As mais bem dotadas sairiam de olho roxo e as esteticamente menos favorecidas não atrairiam muito público. Já as peladas que mais se destacam na mídia atraem muito mais público em certas revistas do que o Corinthians ou o Flamengo.

Pelada é pelada, profissional é profissional, mas a pelada é tão querida que algumas das jogadoras faturam tanto quanto craques da bola. O problema é quando alguns desses craques decidem posar pelados.

Quem pensa que pelada não vale nada está muito enganado. Pelada vale ouro, e nessa modalidade o Brasil está muito bem servido.

Há quem diga que quem não vale nada é a “profissional”, mas não me cabe julgar. Se bem que algumas como as da Coréia na Copa de 2002 e a da final da Copa João Havelange são meio suspeitas.

Os tempos mudaram e agora a maioria participa de sua primeira pelada com a namoradinha. É, hoje em dia futebol também é coisa de mulher, como se pôde ver nas últimas Olimpíadas.

Há quem possa estar achando esta crônica machista, afinal só trata de mulheres e futebol, mas o que seria de nós sem essas fantásticas peladas? Fabulosas até quando vestidas dos pés à cabeça.

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